terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Família

Não sabem, mas vão ficar a saber, que tenho uma família grande, apesar de ser filha única, os meus pais têm muitos irmãos, e consequentemente tenho muitos primos.
Fui o primeiro rebento da família, ou seja, a primeira neta a nascer e desde logo houve disputa para ver quem ficava a tomar conta de mim. Seguindo o rumo natural das coisas, desde que a minha mãe começou a trabalhar,  ficava em em casa da minha avó materna.
Fui criada lá, numa freguesia vizinha à minha, junto da minha querida avó Maria Emília.
É normal que os laços que eu tenha com a família da minha mãe sejam diferentes, fui criada com aquela gente, era a menininha e os meus tios adoravam-me (e continuam a adorar).
No entanto, sempre nos demos bem com a família paterna, mas sinto que nunca foi a mesma coisa. Até compreendo, passava menos tempo com eles, só que isso não impede de a minha querida avó tratar-nos (pai, mãe, e eu) da forma como trata.
Como sou filha única não tenho a percepção disso, mas será possível os pais gostarem mais de uns filhos do que de outros????
É que a minha avó gosta, percebe-se bem, topa-se a milhas, e mesmo um ceguinho consegue ver!!!
O meu pai é o filho mais velho, e um dos renegados, como eu costumo dizer, a minha avó trata-o de forma diferente. 
O meu pai é de poucas falas e eu sei que ele se apercebe de tudo só que não diz nada. É o jeito dele ser. Confesso que no inicio isso incomodava-me mas agora já me habituei, aliás eu também, apesar de ser a primeira, sou a neta excluída, mas com a idade comecei a aprender a lidar com isso.
Apesar de tudo custa-me saber certas e determinadas coisas que a minha avó diz, inconscientemente ou não, mas custa-me. Ainda ontem fiquei aparvalhada com um comentário dela mas, como disse à minha mãe, vindo dela já nada me surpreende.
Tenho-me mantido no meu lugar calma e serena, mas sei que um dia tudo o que eu tenho guardado vai acabar por sair, e muito provavelmente vai dar em chatices.
Resumindo, este irá ser o primeiro ano que não vou passar o Natal ou a passagem de ano com a família do meu pai. Já avisei o meu pai, pois desde a cena triste que a minha avó e a filha preferida dela fizeram no ultimo Natal que magoou o meu pai e a mim que risquei passar estas festas com eles.
O mais cómico no meio disto tudo é que nunca houve uma discussão com ninguém,nem com avós, nem com tios, nada, mas são as atitudes, os comentários que magoam as pessoas.
Como já vos disse noutro post preciso-de-descanso-e-de-espirito vou passar o Natal com a família materna, sem chatices e com muito boa disposição.







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